O Design nasce através da busca em construir uma sociedade de maior integração benéfica entre suas partes. Em que nessa sociedade os indivíduos possam conviver harmonicamente entre si e com o meio que compartilham.
Dessa maneira, o Design criou ramos em todos os tipos de campo de pesquisa desde as Ciências da Natureza as Ciências Humanas, tudo para que pudesse atingir seu objetivo projeto primordial, construção de um mundo melhor.
Portanto, ao falarmos de Design temos que ter em mente que seu assunto de estudo básico é o ser humano e que, sendo assim, a relação corpo e mente com o meio é seu fator principal.
Para que Design?
Portanto, ao falarmos de Design temos que ter em mente que seu assunto de estudo básico é o ser humano e que, sendo assim, a relação corpo e mente com o meio é seu fator principal.
Pegando gancho para o tema do blog, os sentidos humanos, que não se limitam aos cinco fundamentais, devem fazem parte, com graus variantes, nos projetos de designers.
Por
que
explorar
os
sentidos?
Para ilustração aqui vão exemplos em diversos campos de interesse do Design em que os cinco sentidos fundamentais estiveram fortemente presentes como guia na elaboração dos projetos.
Como os sentidos são explorados?
Como no vídeo “Design para todos os sentidos” Jinsop Lee argumenta que o motivo do sexo ser tão bom é porque há nele o potencial máximo dos sentidos, e vai dessa forma construindo sua narrativa sobre o que faz um bom design.
O Enby desenvolvidos é um forte convite ao tato, assim como outros produtos de sua natureza. Porém, ele possui um novo rearranjo em comparação aos outros brinquedos sexuais.
Seu objetivo não é voltado para apenas um tipo de corpo e não quer determinar como esse corpo deve se comportar sexualmente. Ele foi pensado como uma ferramenta versátil e potencializadora que consegue atingir todos os tipos de zonas erógenas mesmo em corpos em transições gênero.
SOL
PEQUENO SOL
Imagine que nesse momento você se encontra em um inverno tenebroso. Nas ruas, não há vivalma, o céu está cinzento e pesado, o vento gélido te persegue e, em qualquer canto que olhe, as cores desbotadas não te deixam espirituoso.
Mas então, você decide ir ao Tate Modern, e ao entrar se depara com o próprio sol! O Turbine Hall está completamente banhado com aquela tão conhecida luz amarelada, os visitantes estão espalhados por todo o chão, apreciando aquela grande esfera brilhante. Ninguém parece se importar com a hora nem com o inverno lá fora. Reunidos todos ali juntos numa luz que aquece seus corações, os visitantes estão serenos.
Foi Olafur Elliason o responsável por, em 2003, colocar o sol dentro do Tate Modern. A associação visual com a cor do sol e, assim, com temperaturas quentes fez uma sinestesia com a sensação térmica corporal no que sua grande luz monocromática amarela trouxe conforto às pessoas que ali passavam pelo inverno.
E houve fruto com o Little Sun, ou Pequenos Sol.
Olafur reforça que todos devem ter acesso a luz e dessa maneira ele junto com o engenheiro Frederick Ottesen desenvolveram uma lanterna portátil recarregada com a luz solar com funcionamento de cinco horas.
O Little Sun foi inicialmente distribuído para países da África que mais sofrem com a falta de eletricidade beneficiando, por exemplo, as crianças que precisam de luz para fazerem seus deveres de casa, em que antes corriam risco com iluminações produzidas por meio do fogo.
O design do Little Sun ainda foi pensado em ser amigável e portátil, construindo uma relação afetiva com as pessoas. E sua distribuição para quem mais precisa contribui para democratizar o acesso e garantir maior dignidade.
um
pouco
sobre
cor
Não foi uma criação de designers porém esse exemplo ilustra perfeitamente como vejo o papel do design na sociedade.
Pesquisadores de Florianópolis desenvolveram um sorvete que ameniza os sintomas da quimioterapia. Nos sabores chocolate, morango e creme. Ele contém nutrientes que fortalecem o paciente e por ser gelado ameniza as dores bucais. Sem dizer que, por ser sorvete o paciente acaba se divertindo ao comê-lo, trazendo conforto daquele ambiente hospitalar que é muitas vezes hostil.
LAMBER
OS DEDOS
A colher Goûte promete deixar a comida mais gostosa. Será? A toda uma pesquisa de como o formato de nossos utensílios podem influenciar no nosso paladar.
O estúdio de design Michel/Fabian com a co-fundadora Andreas Fabian desenvolveram a Goûte com o objetivo de potencializar o prazer de comer. Para eles a comida possibilita a mais rica experiência sensorial, o que define nossas relações com os outros. Junto a isso, eles defendem que nossas mais deliciosas e memoráveis experiências com a comida não haviam talheres.
Dessa forma, a colher Goûte simula o lamber os dedos, deixando, assim, de ser um objeto estranho que entra na nossa boca como são os outro utensílios. Não é mais apenas um talher projetado com objetivos funcionais e sim, com a função de enriquecer nosso prazer ao comer.
"Eating with our bare hands, sucking our fingers, or even licking a plate are natural behaviours," Fabian added.
O olfato é os dos sentido que mais afeta meu humor mas foi há pouco tempo que realmente notei a minha sensibilidade para com os cheiros. Considero até como poder especial porque os cheiros me despertam grandes emoções, deixando minha imaginação solta.
Cheiro de quê?
Há todo um campo do Design dedicado exclusivamente ao som. Como a sua importância acaba passando despercebido, criei esse espaço para salientá-la. O Design de Som se encontra inteiramente presente em nosso cotidiano. Do lado mais comercial, as notificações sonoras dos aplicativos, desenvolvida por profissionais, são pensadas para ter grande associação a marca. No entanto, a construção do som é algo muito mais relevante e cuidadoso. Tente observar em seus filmes preferidos de que forma os efeitos sonoros foram aplicados. Note que todo estímulo auditivo não está ali à toa, sua função é agregar na ambientação e imersão, a ponto se fazer orgânico.
Você já parou para imaginar como seria andar pelas ruas sem precisar usar de fones de ouvido e ainda assim conseguir ouvir sua música e não incomodar ninguém com ela? Ou que você conseguiria ouvir música com seus amigos com todos os graves altas horas da noite sem perturbar os vizinhos?
É bem esquisito pensar nessa possibilidade de ter um som direcionado apenas para seus ouvidos, no entanto, hoje já está sendo uma realidade. Em museus, por exemplo, em obras que utilizam o som é criado um sistema que o aprisiona em determinado perímetro da peça, não deixando escapar nenhum som que poderia causar ruído com outras obras expostas ou deixar o ambiente com poluição sonora.
Jörg Müller, da Universidade Técnica de Berlim, pensou em um sistema semelhante de som pontual mas guiado por gestos. Nesse sistema que depende de caixas de som estrategicamente direcionadas e algoritmos de áudio inteligentes permite com gestos a manipulação do som como o volume.